Edital da paralisação foi publicado na última sexta-feira (26) pelo Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários). A greve não afeta os motoristas do Sistema Trans
Os tanqueiros, profissionais do setor de transporte de combustíveis, iniciaram uma greve na madrugada desta segunda-feira (31) no Espírito Santo. O edital de convocação para o ato foi publicado na última sexta-feira (26) pelo Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários).
Apesar de ter sido convocada pelo Sindiroviários, que também é o responsável pelos motoristas de ônibus, a greve não afeta os motoristas do Sistema Transcol.
Nesta segunda-feira (31), os motoristas se reúnem na portaria da Vale, na Serra. No vídeo enviado pelo Sindirodoviários é possível ver várias carretas de combustível paradas no local.
O texto do edital destaca que não houve acordo entre a categoria e a classe patronal em relação a negociações trabalhistas e salariais.
“A reivindicação dos trabalhadores é por 15% de aumento no salário, 15% de aumento no ticket alimentação, ticket nas férias e R$ 5,00 por boca no caminhão”, explicou Miguel Leite, diretor do Sindirodoviários.
“Se a carreta tiver três bocas, a empresa paga ao motorista R$ 5,00 a cada vez que ele encher o tanque. Porque é o próprio motorista que abastece na distribuidora. Ele chega lá e já tem a nota, tudo, tem o acesso, eles mesmo liberam a boca do tanque e eles mesmo que enchem, correm um perigo danado e querem receber R$ 5,00 por boca. Eles dão duas viagens em um dia, seriam R$ 30 que eles ganhariam em um dia pelas bocas, é um direito do trabalhador, já tem empresa que paga”, completou.
Estão convocados para a greve todos os motoristas de empresas do setor de transporte de cargas líquidas, inflamáveis, gasosas, corrosivas, químicas e petroquímicas.
Em nota enviada à reportagem de A Gazeta, o Sindipostos informou que o setor acompanha o desenrolar da paralisação anunciada.
“Os postos, assim como a sociedade, são vítimas nesse processo e pouco tem a fazer. Esperamos que os 30% exigidos por Lei seja cumprido e que os manifestantes não bloqueiem a saída das bases para o abastecimento mínimo aos postos de combustíveis e à sociedade”, manifestou o Sindipostos.
“Os postos em geral renovam seus estoques a cada dois dias. Sendo assim, se a greve durar mais do que isso pode impactar a normalidade do fornecimento de produto à sociedade.