Etanol teve reajuste duas vezes em uma semana na cidade e atinge R$ 4,29 na cidade
Quem precisou abastecer o veículo nos últimos dias sentiu um peso maior no bolso, por dois aumentos consecutivos no preço dos combustíveis em Araraquara.
Somente na última semana, o etanol teve reajuste em duas oportunidades e pode ser encontrado ao preço de R$ 4,29 em posto na região da Fonte Luminosa.
A situação incomoda o consumidor, que sente diferença significativa no valor que paga para encher o tanque na cidade, como relata a coordenadora de relacionamento, Tatiane Oliveira.
“Gastava R$ 120 ou 130 e hoje gasta bem mais. Agora ficou R$ 190”, aponta.
Para quem utiliza o veículo para trabalhar vive drama ainda maior. É o caso da motorista de aplicativo Maria Cristina, que pensa abastecer com gasolina devido ao rendimento maior.
“Ele [carro] faz cinco ou seis quilômetros com um litro de álcool e quase não compensa trabalhar”, desabafa.
Para o representante do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, o preço da gasolina pode estar puxando os aumentos no etanol.
“No mercado internacional o açúcar não teve nenhuma alta exagerada, está no parâmetro. O dólar, por sua vez, baixou, mas o preço da gasolina puxa o preço do etanol e tem aquela diferença de 70% de rendimento do produto, então isso pode estar influenciando, pois, o preço da gasolina está alto e o etanol pode custar até 70% do que custa o litro da gasolina”, analisa.
Para a proprietária de um posto de combustível de Araraquara, Cláudia de Cassia Biagioni, um dos fatores para os sucessivos aumentos pode ser a seca do ano passado.
“O que temos visto são apenas aumentos e precisamos repassar. Os assessores dizem que provavelmente vão ter novos aumentos, mas não sabemos dizer. A diferença está em 75% e quando passa de 70% é melhor abastecer com gasolina”, defende.
Em nota, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), informa que um dos motivos para alta no preço do etanol foi a falta de chuva no ano passado e também devido à safra que ainda está se iniciando e só deve entrar em ritmo normal a partir da primeira quinzena de junho.