Diferença entre os preços no mercado interno e nos portos chega a 5%, enquanto estoques globais do combustível caem e podem afetar abastecimento interno.
Defasagem no diesel. Na sexta (26/8), a diferença entre os preços médios praticados internamente e nos portos foi de 26 centavos (5%), variando de 18 a 53 centavos, segundo cálculos da Abicom, que reúne importadores. Foi o quinto dia de defasagem, nas contas da entidade.
— Em 12 de agosto, a Petrobras fez a redução mais recente nos preços, com corte de 4%. Desde então, os preços na bomba caíram 4,2%, de R$ 7,32 (7 a 13 de agosto) para R$ 7,01 (21 a 27 de agosto). A companhia supre mais de 80% do mercado de diesel.
- O efeito liminar de André Mendonça (redução da base de cálculo do ICMS), combinado com a lei do teto do ICMS, é limitado sobre os preços do diesel.
De olho no abastecimento Com o aumento da colheita da safra brasileira de grãos a partir de setembro, os olhos se voltam para a oferta de diesel. Segundo boletim do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural (IBP), o abastecimento de diesel S10 segue estável.
— A entidade prevê saldo positivo na oferta em agosto, setembro e dezembro. Em novembro, porém, o IBP calcula um déficit de abastecimento de 12 mil m3. Apesar disso, os números são melhores do que na previsão anterior.
— Houve alguns movimentos para evitar uma possível falta de diesel. O governo federal tentou importar o produto da Rússia. Em outra ponta, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) quis obrigar as distribuidoras a aumentarem seus estoques do combustível, medida que não foi adiante.
Os estoques globais de diesel estão cada vez mais baixos. Resultado do aumento da procura por geradores de energia e indústrias, em substituição ao gás natural, cujos preços dispararam após as sanções dos EUA e União Europeia em razão da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Fonte: https://epbr.com.br/diesel-volta-a-registrar-defasagem/