Companhia responsabiliza a Replan pela emissão da substância durante etapa do refino de petróleo.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou a Petrobras em R$ 137,04 mil por “inconvenientes causados à população” pela Refinaria de Paulínia (SP) (Replan), a maior do Brasil.
Em nota enviada ao g1 nesta sexta-feira (30), a companhia informa que, no dia 12 de junho, atendeu a reclamações de moradores que indicaram a presença de um pó cinza em suspensão e depositado sobre vias públicas, casas e veículos.
Segundo a Cetesb, técnicos da Agência Ambiental de Paulínia fizeram um levantamento nos bairros Jardim Calegaris, Jardim Fortaleza, Condomínio Alto da Boa Vista e Jardim Planalto e constataram o problema.
O órgão afirma, ainda, que foram realizadas inspeções na Replan e consultas a dados meteorológicos da estação de monitoramento da qualidade do ar de Paulínia, quando foi identificado que o pó depositado sobre os bairros foi lançado durante uma etapa do refino de petróleo chamada “craqueamento catalítico fluidizado”.
Com base nas conclusões técnicas da Cetesb, a Petrobrás foi multada em 4 mil vezes o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (UFESP), de R$ 34,26.
“Nesta multa foram estabelecidas exigências para a empresa adotar providências para impedir novas ocorrências de mesma natureza”, informa o comunicado.
De acordo com a Cetesb, o prazo para pagamento da multa depende do andamento do processo. Inicialmente deve ocorrer em 30 dias, mas a Petrobras pode recorrer.
O que diz a Petrobras?
Procurada pelo g1, a Petrobras não se manifestou até o momento desta publicação. A reportagem será atualizada assim que houver resposta oficial da empresa.