ANP TENTA OBTER MAIS INFORMACOES SOBRE AS IMPORTACOES DE COMBUSTIVEIS.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) apertou o monitoramento do mercado de diesel no país, exigindo informações ainda mais detalhada para acompanhar com lupa a importação por produtores e distribuidores no país.
É mais um passo em medidas adotadas desde março para mitigar riscos de desabastecimento neste segundo semestre diante da restrição na oferta mundial causado pela Guerra na Ucrânia e do aumento na demanda pelo escoamento da safra agrícola no Brasil.
A partir desta segunda-feira, produtores de derivados de petróleo e gás natural e os distribuidores de combustíveis ao importarem óleo diesel A S-10 terão de informar a agência sobre cargas ainda não nacionalizadas, datas em que partiram do porto de origem no exterior, documento de embarque, volume e data em que a chegada ao porto no Brasil é estimada.
Também passam a ser exigidas informações sobre restrições na contratação de cargas ou percepção de risco na importação de diesel, incluindo problemas que poderiam atrasar o transporte. Em paralelo, toda mudança nas previsões de produção de diesel desse tipo neste semestre no país, incluindo casos de paradas de refinarias não programadas, também tem de ser reportada à ANP.
A determinação consta do terceiro comunicado de Sobreaviso no Abastecimento de Combustíveis emitido pelo regulador do mercado de óleo e gás e derivados no país desde março. Naquele mês, a agência frisou que faz o monitoramento do mercado de combustíveis de forma permanente, mas tinha por objetivo intensificar o acompanhamento de estoques e das importações de produtores e distribuidores em meio aos efeitos da Guerra na Ucrânia.
Sérgio Araújo, presidente executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), avalia que o governo avança rumo a um “controle mais fino” da importação e dos estoques de diesel no país.
— Há riscos pelo cenário mundial, então governo e todos os agentes do setor têm de ficar atentos. Uma eventual restrição de oferta neste segundo semestre, quando temos o escoamento da safra no Brasil e inverno no Hemisfério Norte aumentando a demanda, pode elevar a dificuldade para importar diesel. Não dá para cochilar — alerta ele. — Mas acho muito pouco provável haver desabastecimento no país.

 

Fonte: ANP

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