O preço da gasolina, em Sergipe, pode reduzir a menos de R$6, afirmou Maurício Cotrim, secretário executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese) na manhã desta quarta-feira, 29, durante entrevista a Magna Santana, no Jornal da Fan, da rádio Fan FM.
O representante do Sindpese falou sobre como a carga tributária no país é muito alta e que quase a metade do valor dos combustíveis corresponde a impostos estaduais e federais.
Segundo Maurício, já é possível observar o reflexo da desoneração dos impostos federais nas bombas de gasolina, neste caso, a redução do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Agora, o Governo Federal propôs reduzir a alíquota do Imposto Sobre Circulação De Mercadorias E Serviços, o ICMS. Três estados já adotaram a desoneração dos impostos estaduais, que foram Goiás, Espírito Santo e São Paulo.
Essa discussão está longe de terminar, porque governadores de 11 estados, incluindo Belivaldo, e do Distrito Federal voltaram a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) com o propósito de anular os efeitos da lei que busca diminuir os impostos sobre os combustíveis.
O secretário executivo explicou que, com a nova legislação, o teto máximo para a arrecadação do ICMS é de 18%. Em Sergipe, ele acredita que essa redução vai ser positiva para os revendedores e consumidores. “Se a gasolina sair do patamar de 29% que é hoje e ir para 18% que é o teto máximo, nós vamos ter uma redução de 11% e o impacto vai ser imediato nas bombas”,
Para o diesel, o especialista informou que não deve haver uma alteração significativa, porque já houve uma desoneração anterior nesse produto, mas Maurício acredita que deve haver uma diminuição para o gás de cozinha, por exemplo. Ele também afirma que, até o dia 30 deste mês, na quinta-feira, o estado de Sergipe deve se posicionar sobre a diminuição da arrecadação do ICMS.
Ele lembra ainda que a política de preços da Petrobrás segue impactada com os efeitos da flutuação de valores internacionais. “Com a guerra da Ucrânia, que intensificou ainda mais a questão da disparada do barril de petróleo, a desoneração não vai resolver por completo, mas vai amenizar essa situação”, explicou o secretário.