Reabertura do comércio faz demanda por combustível aumentar e, com mais procura, etanol sobe, mas ainda acumula queda de 22% no ano.
A reabertura de parte do comércio, que aumentou a circulação de pessoas em Belo Horizonte, fez a demanda por combustível subir e, consequentemente, os preços também já começaram a ficar mais caros. Quem abasteceu neste sábado nos postos da avenida Tereza Cristina, região Noroeste de Belo Horizonte, percebeu alta de R$ 0,10 no litro do etanol. O combustível, que até sexta-feira custava R$ 2,47, está sendo vendido a R$ 2,57.
Segundo gerentes dos postos consultados pela reportagem, eles estão apenas repassando aumentos que vieram da distribuidora.
O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas do Estado de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, explica que a demanda ainda está 35% abaixo do normal, mas lembra que, no começo da pandemia, chegou a ficar 70% menor.
“Com a redução da demanda por combustíveis na quarentena, os preços do etanol caíram para níveis abaixo do custo de produção. Agora, com uma certa recuperação da demanda e aumento dos preços da gasolina houve um novo equilíbrio nos parâmetros atuais. Mas os preços atuais ainda estão abaixo em relação a mesma época do ano passado”, destaca Campos, ressaltando que o etanol ainda está competitivo, custando cerca de 65% do preço gasolina.
Na última segunda-feira (8), a Petrobras autorizou aumento de 10% para a gasolina, nas refinarias. Embora essa tenha sido a quinta alta consecutiva, esse combustível acumula queda de 15,8% na capital, em relação a janeiro. Segundo a pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), o preço médio caiu de R$ 4,68 para R$ 3,94 na capital. Já o etanol, que começou o ano custando R$ 3,22, em junho já estava sendo vendido por R$ 2,49.
O levantamento foi atualizado com dados até 6 de junho e, portanto, ainda não contabilizam a recente alta nesta semana.
