Preço do diesel se aproxima do cobrado às vésperas da greve dos caminhoneiros

Planilhas publicadas pela Petrobras em seu site mostram que o preço médio do diesel convencional (S 500) nas refinarias, sem impostos, está em aproximadamente R$ 1,94 por litro, cerca de 17% abaixo do cobrado um ano atrás.

O preço médio nos postos de todo o país, enquanto isso, diminuiu cerca de 4% em um ano, chegando a R$ 3,59 por litro na semana encerrada em 12 de dezembro, conforme a última pesquisa divulgada pela ANP, agência reguladora do setor. Novo levantamento deve ser publicado nesta segunda-feira (21) – os links para os preços divulgados por Petrobras e ANP estão na área de referências, ao fim desta reportagem).

Às vésperas da greve dos caminhoneiros de 2018, que começou em 21 de maio e durou dez dias, o preço médio do diesel convencional nos postos brasileiros era de R$ 3,60 por litro, segundo a ANP.

Preço despencou no início da pandemia, mas depois voltou a subir

Nos primeiros meses da pandemia de coronavírus, os derivados de petróleo ficaram mais baratos, tanto nas refinarias quanto nos postos, acompanhando a forte queda das cotações do petróleo no mercado internacional. O diesel, por exemplo, caiu para os menores patamares em três anos. Mas, conforme a demanda foi se restabelecendo, o petróleo e seus derivados voltaram a ficar mais caros.

O barril do tipo Brent, que terminou 2019 em cerca de US$ 66 por barril, despencou para menos de US$ 20 em abril deste ano. Depois se recuperou e, na última sexta-feira (18), era negociado na casa dos US$ 52.

Entre 21 de dezembro de 2019 e 27 de abril de 2020, o preço médio do diesel nas refinarias, sem impostos, despencou 44%, segundo as planilhas da Petrobras. De lá para cá, acumulou alta de 49%.

Nas bombas, enquanto isso, o preço médio baixou 19% entre 14 de dezembro de 2019 e 23 de maio de 2020, data em que o custo ao consumidor caiu ao menor nível do ano (R$ 3 por litro na média nacional, conforme os levantamentos semanais da ANP). Desde então, o valor cobrado do motorista subiu 19%.

Essa oscilação mais forte do diesel nas refinarias – tanto para cima quanto para baixo – ocorre porque esse valor acompanha mais de perto das variações da cotação internacional do petróleo. O preço final na bomba é menos elástico porque inclui itens que são fixos ou não variam com a mesma magnitude, como custos de transporte e pessoal, as margens de lucro da cadeia e principalmente os impostos.

 

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/preco-diesel-incomoda-caminhoneiros-bolsonaro-petrobras/

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