Aumento gradual da demanda de consumo causou o aumento dos valores nas bombas; entenda o motivo.
Os motoristas que deixaram para abastecer seus veículos, em Ribeirão Preto, nesta quinta-feira (28), tiveram que desembolsar até R$ 0,59 a mais, dependendo da localidade, por litro de etanol.
O valor do álcool na semana passada, que variava entre R$ 1,99 e R$ 2,07, saltou para R$ 2,53 na maioria dos postos ainda no início da manhã. Em alguns lugares, o preço chega a R$ 2,59.
Diesel e gasolina também sofreram ajustes na bomba. ACidade ON apurou que o primeiro pode ser encontrado na cidade por até R$ 3,79 e o segundo a R$ 3,49.
O motivo do aumento, de acordo com o vice-presidente da Brascombustível (Associação Brasileira do Comércio Varejistas de Combustíveis), Renê Abad, é uma série de fatores relacionada à atual situação do País.
Segundo ele, a variação do petróleo, em comparação ao preço internacional, e a disparada do dólar americano estimularam bastante. Contudo, o início da retomada da demanda foi determinante.
“Esses três fatores influenciam principalmente no preço da refinaria. E estão sendo passados na medida que o preço vai chegando para revenda. Isto é, compramos das distribuidoras e o valor é repassado para o consumidor final da mercadoria”, explica Abad.
A associação calcula que o consumo de combustíveis em Ribeirão caiu aproximadamente 55% no começo da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Atualmente, a taxa é de 40%, mas as perspectivas são de melhoras.
“Com o comércio voltando, temos mais gente consumindo e circulando. Isso representa aumento da procura”, completa.
Próximas semanas
Questionado sobre a previsibilidade do aumento nas bombas, Abad diz que o cenário ainda é incerto em relação às vendas.
“Nós nunca vivemos uma situação com a de agora. A única coisa parecida foi o racionamento de energia elétrica, que aconteceu no começo dos anos 2000. Lá, aprendemos que o consumo não volta a situação anterior. Então, não sabemos como será o comportamento da população em 2020. Tem a questão do home office e das escolas também. Como temos muitas faculdades em Ribeirão Preto, o fluxo de rodagem é grande quando há aulas presenciais”, finaliza o vice-presidente.