O petróleo fechou em baixa nesta quinta-feira (2) estendendo as perdas da quarta-feira (1º), pressionado pelo fortalecimento do dólar após decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) no período da manhã desta quinta. Além disso, as perspectivas de recessão em economias desenvolvidas seguem impactando os negócios.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março de 2023 fechou em baixa de 0,69% (US$ 0,53), a US$ 75,88 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em baixa de 0,81% (US$ 0,67), a US$ 82,17 o barril.
Para a CMC Markets, os investidores de petróleo parecem não estar tão seguros quanto à percepção do mercado financeiro de que os grandes bancos centrais do planeta podem estar perto de interromper o ciclo de aperto monetário. Além disso, pesam as preocupações com a demanda chinesa.
Para o analista Edward Moya, da Oanda, os preços do óleo estão em “terra de ninguém” em meio às incertezas com perspectivas de reabertura da China. “Os ativos de risco estão surgindo à medida que o Fed se aproxima do fim de seu ciclo de alta de juros, mas o petróleo está ficando para trás, pois as expectativas de uma recessão suave e superficial permanecem.”
Na coletiva de imprensa após decisão de política monetária, o presidente do BoE, Andrew Bailey, e o dirigente da instituição Dave Ramsden mencionaram que a recessão do Reino Unido confirmaram previsão de recessão, apesar de indicarem que a contração deverá ser mais branda que as previsões indicam.
Na quarta, o presidente do BC americano, Jerome Powell, afirmou que prevê um crescimento menor, mas não uma recessão nos EUA.