Os contratos futuros de petróleo fecharam em território positivo nesta quinta-feira, 17, com investidores atentos à reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O fato de o grupo continuar a agir para conter a oferta e apoiar os preços influenciou, em dia também de cautela sobre a produção no Golfo do México, diante da passagem pela área do furacão Sally.
O petróleo WTI para outubro fechou em alta de 2,02%, em US$ 40,97 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro subiu 2,56%, a US$ 43,30 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
No início do dia, os contratos chegaram a recuar cerca de 1%, devolvendo parte dos ganhos robustos do dia anterior. Inicialmente, o Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto (JMMC, na sigla em inglês) da Opep+ adotou tom de cautela hoje ao avaliar o mercado, com a Arábia Saudita por exemplo insistindo na importância de se respeitar o acordo para cortar a oferta.
Após o encontro, o JMMC recomendou que a Opep+ estenda os cortes na produção de petróleo até dezembro. O ministro da Energia russo, Alexander Novak, previu que a demanda global pela commodity se normalize no segundo trimestre do próximo ano.
Após o comunicado do JMMC, o petróleo ganhou mais fôlego. Houve ainda relatos de que a Opep+ poderia ter reunião extraordinária em outubro para discutir medidas extras, caso a situação no mercado se deteriore.
A Moody’s avalia que o ritmo da recuperação dos preços do óleo será mais lento de agora em diante e dependerá, obviamente, do quadro na demanda. Em relatório, a agência prevê que o preço médio para o barril da commodity fique entre US$ 40 e US$ 45 no curto prazo e entre US$ 45 e US$ 65 no médio prazo.