Em 20 dias, a nova gasolina será obrigatória nas revendas, mas a Petrobras (PETR3; PETR4) ainda não divulgou o acréscimo de preço que o consumidor pagará. Fica a expectativa da relação custo contra o benefício da eficiência, que é a única variável divulgada pela estatal, de 6%, além da menor emissão de poluentes, que prevaleceriam a partir de 3 de agosto.
O setor de etanol espera para fazer as contas para ver se o combustível de petróleo vai ganhar ou perder competividade. Mas, pelo que se sabe, não haverá ganhadores ou perdedores.
Martinho Ono, CEO da SCA Trading, acha muita coisa o consumo da gasolina ser reduzido em 6%, como, além da petroleira, engenheiros automotivos têm falado.
Mas, se de fato chegar a isso, talvez o etanol possa ter um impacto, porque Ono ouviu, e também acredita, em acréscimo de 5 a 7 centavos na gasolina A, que forma a composição de preço da gasolina C, junto com os 27% de etanol anidro na mistura e outros fatores de custos.
Na canetada final, consolidado esse valor de repasse, na bomba a gasolina ficaria de 3 a 4 centavos mais cara, contabiliza. Impacto irrisório em valor para uma maior rodagem.
Mas abaixo da economia de 6% em consumo, não daria nem tiraria competitividade da gasolina, além da influência normal das cotações do petróleo.
Portanto, nenhum desbalanceamento no mercado de combustível a qualquer dos ativos de energia.
Quanto ao potencial de aumento da gasolina entre 10 e 15 centavos, que alguns sindicatos de postos estaduais têm deduzido, Martinho Ono, um dos mais ativos traders do setor, com passagens por petroleiras, acredita ser “mera especulação”. A menos que as margens das distribuidoras e varejo sejam mais valorizadas.
No entanto, seria de bom tamanho para o etanol.