Com as expectativas de que a Opep e aliados possam limitar a produção de petróleo no mês que vem, os preços do barril dispararam para máximas em meses nesta segunda-feira (04/12). A esperança de que vacinas possam conter o coronavíurs e levar a uma forte recuperação econômica neste ano, também foram fatores influenciadores.
O petróleo Brent subia US$ 0,76, ou 1,47%, a US$ 52,56 por barril, às 8h11 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava US$ 0,47, ou 0,97%, a US$ 48,99 por barril.
“O movimento dos preços hoje sugere que o mercado está assumindo que a Opep+ vai manter o nível de cortes inalterado no próximo mês”, disse o estrategista de commodities da ING, Warren Patterson.
Sobre a Reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo Opep+
Os países cortaram sua produção ao longo de 2020 como reflexo da menor demanda por combustíveis. Agora, os analistas da Opep+ preveem que a demanda por petróleo bruto deverá chegar a 95,9 milhões de barris/dia este ano, o que representará uma elevação de 5,9 milhões de barris. Já a estimativa de crescimento econômico mundial para o ano é de 4,4%.
A maior parte dos especialistas na Opep+ expressou oposição a um aumento de oferta de petróleo a partir de fevereiro durante uma reunião no domingo, disseram três fontes â Reuters nesta segunda-feira.
Em dezembro, a Opep+ decidiu aumentar a produçaõ em 0,5 milhão de barris por dia (bpd) a partir de janeiro, como parte de um aumento gradual de 2 milhões de bpd neste ano, mas alguns membros do grupo questionaram a necessidade de um novo aumento agora devido à rápida disseminação do coronavírus.
“O começo do novo ano está trazendo desagios para o grupo da Opep+, uma vez que o balanço de riscos para a recuperação da demanda por petróleo mudou”, disse Harry Tchilinguirian, analista do BNP Paribas.
“O grupo de produtores Opep+ pode ter que rever sua agenda e adiar um novo ajuste nos cortes voluntários de oferta devido às últimas novidades sobre a Covid”, acrescentou ele.