Cide é um tributo federal usado para estabilizar preço da gasolina. Segundo Tereza Cristina, houve queda na procura por etanol e eventual aumento da Cide pode aumentar busca.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, voltou a defender nesta quinta-feira (30) o aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da gasolina como uma forma de tentar ajudar o setor de etanol.
A Cide é um tributo federal que pode ser usado para estabilizar o preço da gasolina. Atualmente, a Cide cobrada por litro de gasolina é de R$ 0,10.
Segundo a ministra da Agricultura, houve queda na procura por etanol em meio à pandemia do novo coronavírus, e um eventual aumento da Cide da gasolina pode fazer com que aumente a busca dos consumidores por etanol.
Tereza Cristina disse ainda que o assunto aguarda decisão do Ministério da Economia e que ela espera que ocorra até segunda-feira (4). Tereza Cristina destacou que é preciso dar uma sinalização urgente para o setor.
“A Cide tem um problema técnico que é a ‘noventena’, ela só pode acontecer daqui 90 dias, mas já é uma sinalização se ela for acontecer. Eu espero que aconteça”, afirmou a ministra.
Tereza Cristina deu a declaração ao participar de uma videoconferência, organizada por um banco particular.
‘Tempestade perfeita’
A ministra afirmou que o setor do etanol vive uma “tempestade perfeita”, com queda na demanda em decorrência da crise da Covid-19 e queda no preço do barril de petróleo e que precisa de medidas emergenciais.
Além do aumento da Cide, a ministra defendeu a retirada da cobrança do PIS/Cofins do etanol, o que segundo ela “vai acontecer”.
“O que vem sendo discutido não são medidas estruturantes, são medidas emergenciais, para resolver o momento, que são o aumento da Cide na gasolina e o PIS/Cofins, que vai acontecer, mas a gente precisa que ele aconteça rápido”, disse.
Segundo a ministra, a ajuda vem sendo defendida pelo Ministério da Agricultura e também pelo Ministério de Minas e Energia.