Apesar dos estoques elevados, já que o consumo está cerca de 50% abaixo do normal, os postos se anteciparam ao reajuste de 12% anunciado pelo Petrobras nas refinarias e aumentaram os preços da gasolina nas bombas. No Distrito Federal, a alta variou entre R$ 0,10 e R$ 0,50.
Segundo gerentes de postos, houve uma determinação para que os valores nas bombas fossem atualizados, na expectativa de liberação do comércio no Distrito Federal na segunda-feira, 11 de maio. Mas a medida foi adiada para o dia 18, para que o governo do DF tenha mais segurança em relação aos rumos da covid-19.
“Estávamos esperando um salto no movimento a partir da próxima semana, mas teremos que esperar mais alguns dias”, diz um gerente. “De qualquer forma, ajustamos os preços nas bombas, uma vez que a Petrobras avisou que cobraria mais caro nas refinarias. O momento é de elevar as margens de lucro”, acrescenta.
No Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), o litro a gasolina passou de R$ 3,299 para R$ 3,799. No Guará, às margens da EPTG, a via mais movimentada da capital do país, o litro do combustível subiu de R$ 3,199 para R$ 3,399. Em Águas Claras, também às margens da EPTG, a gasolina foi de R$ 3,299 para R$ 3,399.
Queixas
Os motoristas reclamam da pressa dos postos em reajustar os preços da gasolina. “Não há demanda. Os estabelecimentos estão sempre vazios. Esse movimento só confirma a ganância dos donos de postos”, afirma Luiz Gustavo Santos, 37 anos, motorista de transporte por aplicativo.
Pelos cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços do litro da gasolina caíram, na média, 9,31% em abril, fator determinante para jogar a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para baixo.
Os especialistas acreditam que, à medida que a economia for voltando à normalidade, a tendência será de que os preços da gasolina nas bombas voltem para mais próximo dos R$ 4.