O preço da gasolina vai a R$ 1,68 nas refinarias a partir desta quarta (9). O etanol hidratado entrou a semana negociado nas usinas em torno dos R$ 1,81. A perda de estímulo ao consumo do renovável é visível, quando a demanda vinha um pouco mais forte.
O corte de 5% promovido pela Petrobras (PETR3; PETR4), depois da redução da semana anterior em 3% – juntamente com o diesel (5% e 6%) – deverá mostrar que o etanol deverá ter alguma liquidação nas indústrias até sexta se quiserem manter as distribuidoras no balcão.
Nesta parte dos negócios em Londres (8h45, de Brasília), o barril do petróleo tenta se recuperar (mais 1,2%, a US$ 40) dos últimos tombos, que o levaram abaixo dos US$ 39 na terça. Mas o cenário de atenção está armado para o setor sucroenergético, uma vez que não há firmeza quanto ao consumo global.
O mercado já observava que os últimos reajustes do combustível de petróleo, antes das recentes rodadas de reduções, não haviam ainda sido totalmente integralizados nas bombas, conforme Money Times em 2 de setembro. Portanto, a competividade da gasolina avançou mais.
O biocombustível de cana e milho fechou a semana passada naquele R$ 1,81, de acordo com levantamento do Cepea/Esalq, em alta moderada de 0,31%. Mas nas duas semanas anteriores, em cada uma as elevações foram confortáveis bem acima dos 4%.
Além da gasolina refletindo o barril do Brent em torno dos US$ 44/45, ainda que nem tudo chegava ao varejo, o consumo crescia do hidratado. A demanda animava as usinas.
Em junho foram comercializados nos postos 1,33 bilhão de litros. Em julho, acima de 1,55 bilhão. Em agosto, análise recente do Cepea fala em mais 20%. Nos primeiros seis meses do ano, a queda foi de 16,7%, segundo a ANP, com a economia encolhida pela pandemia derrubou o consumo dos combustíveis leves.