Para agência de classificação de risco, companhias do setor de açúcar e etanol estão “melhorando”.
Com a projeção de preços médios de açúcar em torno de 13,50 centavos de dólar por libra-peso em 2021, a Fitch Ratings acredita que as perspectivas para o setor estão “melhorando”. Conforme os cálculos da agência de classificação de risco, o valor médio em 2020 foi de 13 centavos de dólar por libra-peso.
“O setor de açúcar e etanol na América Latina deve melhorar em 2021, embora em relação ao fraco desempenho de 2020”, afirma a companhia. “Ainda que a agência acredite que os preços globais do açúcar sejam ligeiramente maiores em 2021, o real fraco e as atrativas posições de hedge montadas em 2020 continuarão beneficiando o Ebitda dos produtores do Brasil”, complementa a Fitch, repetindo o posicionamento já visto na versão resumida do relatório.
Em relação ao etanol, a perspectiva é que uma recuperação dos preços do petróleo e o relaxamento das medidas de distanciamento social contribuirão para o aumento da demanda em 2021 de forma a ampliar a competitividade do biocombustível e impulsionar o fluxo de caixa dos produtores.
“Com fundamentos do setor mais fortes, as condições de crédito devem melhorar no próximo ano, após o forte aperto de liquidez de 2020”, aponta. Ainda assim, o acesso a crédito deve continuar limitado no caso das empresas em dificuldades financeiras.
Além disso, a Fitch acredita que não deve elevar a classificação de sucroenergéticas em 2021, mas também não irá rebaixá-las. “A perspectiva de 70% dos ratings é estável”, afirma e justifica: “Embora o ambiente deva ser mais favorável ao etanol em 2021, a Fitch não prevê aumentos significativos nos preços do açúcar e do combustível. A menor safra de cana-de-açúcar esperada para 2021/22 deve limitar o potencial de aumentos relevantes de geração de caixa operacional”.