De maneira poderosa, o furacão Delta desferiu o maior golpe em 15 anos sobre a produção de energia “offshore” na parcela do Golfo do México regulada pelos Estados Unidos, interrompendo a maior parte do bombeamento de petróleo da região e quase dois terços da produção de gás natural. O Delta gerou ventos de 175 quilômetros por hora ao passar pela principal área produtora de petróleo do Golfo, avançando em direção à costa da Louisiana. Segundo uma atualização matutina do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), o fenômeno climático estava cerca de 129 quilômetros ao sul de Cameron, Louisiana, e se movia rumo ao norte a cerca de 20 km/h.
A passagem do Delta interrompeu a produção de 1,69 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), o equivalente a 92% do bombeamento do Golfo, maior nível de paralisação desde 2005, quando o furacão Katrina destruiu mais de 100 plataformas “offshore” e impediu a produção local por meses.
Portos de Beaumont, no Texas, a Lake Charles, na Louisiana, foram fechados nesta sexta-feira, enquanto os localizados mais a leste, como os de Morgan City e Nova Orleans, permaneceram abertos, mas com restrições, disse a Guarda Costeira norte-americana.
Trabalhadores foram retirados de 281 instalações “offshore” no Golfo do México, enquanto produtores moveram 14 sondas para afastá-las dos ventos do Delta. Os ventos de força tropical se estendem por até 257 quilômetros do epicentro do fenômeno, disse o NHC.
Além do impacto no petróleo, empresas paralisaram quase 62% da produção de gás natural da região, ou 1,684 bilhão de pés cúbicos por dia. Campos offshore no Golfo do México respondem por cerca de 15% da produção de petróleo dos EUA e 5% da de gás natural.