Com duas subidas seguidas do preço do etanol hidratado nas distribuidoras paulistas, mais a desta terça (24) que deverá vir embutida ao anúncio do reajuste da gasolina nas refinarias, o biocombustível corre o risco de ver anulada a alta que o combustível concorrente deverá ter a partir de amanhã.
Os postos vão devolver às bombas essas remarcações, mas a gasolina ainda conta com vantagem de ser mais competitiva sem os impostos federais.
Ante o petróleo avançando para a média de US$ 86 o barril na semana passada – e os US$ 88 da segunda -, depois do piso de US$ 78 do início do mês, a Petrobras (PETR4) promove o primeiro aumento na refinaria do governo Lula, em R$ 0,23/litro (R$ 3,31), cerca de 7,46%.
Na semana passada, em dados da ANP, a gasolina recuou nos postos.
O hidratado também, mas sob uma redução expressiva nas usinas que já vinha da semana anterior, de 7,82% (R$ 2,55), segundo o Cepea, o reajuste negativo nos postos de serviço foi maior (2,3%) e proporcionou vendas melhores.
Daí que as distribuidoras perceberam o movimento de necessidade de haver reposição, já na sexta voltaram a cobrar mais caro nas vendas.
Soma-se a esse cenário, o preço mais alto que as distribuidoras agora pagarão pela gasolina, e a redução do etanol na usina, no acumulado de 16 a 20, de 1,15%, provavelmente não chegará mais o consumidor.