Queda na demanda por combustíveis do Ciclo Otto foi de 14% no comparativo com o mesmo período de 2019
Os primeiros efeitos da queda na demanda por combustíveis, resultado das recomendações de isolamento social por conta da pandemia de covid-19, começaram a ser sentidos pelas companhias sucroenergéticas a partir de meados de março e já foram suficientes para afetar significativamente os números de consumo.
Ao longo do mês, conforme dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a demanda nacional de etanol hidratado totalizou 1,48 bilhão de litros, um valor 15,8% menor em comparação com os 1,76 bilhão de litros vistos em março de 2019.
Esta retração ficou um 1,8 ponto percentual acima da vista no consumo nacional de combustíveis do Ciclo Otto. Em março deste ano, a demanda foi de 3,74 bilhões de litros, uma queda de 14% ante os 4,35 bilhões registrados um ano antes.
Isto também demonstra uma diminuição da participação de mercado do biocombustível. Em março de 2019, 28,52% do volume abastecido era de etanol hidratado. Este ano, porém, o valor caiu para 27,93%.
Em São Paulo, maior estado produtor e consumidor de etanol do país, a preferência dos consumidores aumentou de 49,44% para 50,78% na comparação anual. Isso, contudo, não impediu uma redução de 13% no volume.
Em março, o estado demandou 794,1 milhões de litros de etanol. Um ano antes, o consumo foi de 912,3 milhões de litros.
Consumo trimestral
Com os resultados de março, os valores acumulados de 2020 deixaram de apresentar crescimento ante o ano anterior. O consumo nacional de etanol hidratado totalizou 5,15 bilhões de litros, uma queda de 3,6% em relação aos 5,34 bilhões vistos em 2019.
O consumo nacional de gasolina C entre janeiro e março, por sua vez, foi de 8,95 bilhões de litros. Este valor representa uma diminuição de 2,7% no comparativo anual.
Com isso, o consumo de combustíveis do Ciclo Otto, medido em gasolina equivalente, chegou a 12,59 bilhões de litros no acumulado de 2020. Na comparação com o mesmo período de 2019, a redução foi de 3%
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