Segundo o site MercadoMineiro, setor de combustíveis busca amenizar perdas dos últimos meses.
A reabertura de setores comerciais de Belo Horizonte e o aumento global nos preços do petróleo levaram a um aumento no preço dos combustíves na capital mineira nas últimas semanas. Em uma pesquisa realizada pelo site MercadoMineiro e pelo aplicativo ComOferta entre os dias 12 e 15 de junho, foi observado um aumento de 4,46% no preço do etanol e de 1,26% no valor pago pelo litro da gasolina comum, em comparação aos valores anotados no dia 30 de maio.
A média registrada no preço do etanol na capital foi de R$2,649, R$ 0,09 mais caro do que a do período anterior. A variação entre os preços de um posto e outro foi de 23%, com o menor valor a R$2,439 e o maior custando R$ 2,999 pelo litro do combustível. A região Leste é onde o consumidor encontra o preço mais baixo pelo etanol.
Já o aumento na gasolina comum foi de 1,26%, ou R$0,05 em relação a média anterior. Entre os dias 12 e 15 de junho, o preço médio do combustível nas bombas da capital foi de R$4,014. A região Leste também tem os preços melhores para a gasolina comum, que pode ser encontrada a, em média, R$3,94 por litro. A média mais cara é a da região Centro-sul, com R$4,09.
De acordo com Feliciano Abreu, coordenador do site e do app, o aumento se deve a uma recomposição de preços, o que é negativo para o consumidor. “Muita gente voltando às ruas, a demanda, de uma certa forma, aquece, e o empresário começa a querer reduzir a perda que ele teve nesses quatro últimos meses”, explica. Abreu recomenda atenção ao consumidor, que pode se valer das pesquisas antecipadas para economizar e diminuir o número de abastecimentos em postos mais caros e evitando combustíveis de valor mais elevado.
Nesse sentido, o etanol, mesmo apresentando uma variação maior entre a pesquisa anterior e a mais recente, ainda é mais vantajoso para o consumidor. “Quando comparado à gasolina, vemos que o etanol corresponde a 66% do valor da gasolina, então ele ainda é viável para o bolso do consumidor”, aconselha Abreu, que identifica que existe um risco a curto prazo nesse cenário, já que com aumento de preço e as pessoas ganhando menos, elas acabam precisando deixar o carro em casa e utilizar o transporte público, o que pode agravar a situação da pandemia.