Caminhoneiros descartam greve pela alta do diesel e seguem viagem por MS

Na manhã desta segunda-feira, a reportagem percorreu as saídas de Campo Grande para Cuiabá e São Paulo

Prometida para hoje (dia primeiro), a greve dos caminhoneiros não teve adesão em Campo Grande, onde os caminhões continuam circulando, sem interdição nas saídas da cidade.

Fevereiro é o mês de início da colheita da supersafra de 11,5 milhões de toneladas de soja em Mato Grosso do Sul. Desta forma, a categoria ignora a recente alta de 4,4% no preço do diesel para faturar com os fretes.

Na manhã desta segunda-feira, a reportagem percorreu as saídas para Cuiabá e São Paulo. “Na verdade, não queremos parar não. Tenho contato com a maioria da classe. Não é o momento de parar. Já estamos passando tanta dificuldade”, afirma Márcio José Sanches Marques, 40 anos.  O caminhoneiro chegou sábado de São Paulo e vai seguir viagem até Cuiabá (Mato Grosso).

Para Márcio, a paralisação poderia ser adiada para os próximos meses. A última grande paralisação da categoria foi em maio de 2018.

"Não é o momento de parar. Já estamos passando tanta dificuldade", afirma Márcio José. (Foto: Marcos Maluf)

Fabiano Santos, 44 anos, viaja hoje para São Paulo e caso encontre algum ponto de manifestação pelo caminho promete aderir à greve. “Mas ainda não sei de nada, não está 100% confirmado. A gente tem que apoiar porque está precisando”.

O caminhoneiro José Carlos, 52 anos, reclama do preço do diesel. “Do jeito que está, realmente fica complicado. Tem que ter melhora a respeito do diesel. Não está sobrando nada para gente. Se o pessoal aderir, eu paro também”, afirma.

No Estado, onde há 200 mil caminhões registrados, o Sindicato dos Caminhoneiros já descartava paralisação massiva ontem.

No movimento nacional, o principal motivo do protesto é a alta do preço do diesel. Também é reivindicada uma revisão no reajuste na Tabela do Piso Mínimo de Frete para o transporte rodoviário de carga.

Na última sexta-feira (dia 29), a CCR MS Via pediu liminar para proibição de bloqueios na BR-163. A via, que se estende por 847 km entre Mundo Novo e Sonora, é administrada pela concessionária. Na manhã de hoje, a concessionária informa que não há ponto de interdição na via .

"Tem que ter melhora a respeito do diesel. Não está sobrando nada para gente", reclama José Carlos. (Foto: Marcos Maluf)

 

Fonte: https://www.campograndenews.com.br/brasil/cidades/caminhoneiros-descartam-greve-pela-alta-do-diesel-e-seguem-viagem-por-ms

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