Etanol: apesar de resposta de Bolsonaro, Unica ainda vê diálogo
A União da Indústria de cana-de-açúcar (Unica) afirmou que ainda vê espaço para negociação com o governo em relação a medidas de apoio ao setor, afetado pela baixa demanda, por conta do novo coronavírus, e queda nos preços internacionais do petróleo.
Em nota, o presidente da entidade, Evandro Gussi, repercutiu a fala do presidente Jair Bolsonaro, que durante transmissão no Facebook afirmou ser contra a elevação Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina.
“Não é a resposta que esperávamos. É preocupante, porque o setor está à beira de um colapso. Mas vemos que o presidente não virou as costas para o setor sucroenergético. Entendemos que o diálogo continua aberto e, juntos, podemos encontrar uma forma de minimizar os danos”, disse Gussi.
Na redes social, Bolsonaro mas não deixou claro qual seria a solução para o setor. “Não acho justo aumentar a Cide para salvar setor sucroalcooleiro”, disse o presidente na entrada do Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira, 7. Bolsonaro tem discutido o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, da Agricultura, Tereza Cristina, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque. “O álcool não está sendo competitivo perto da gasolina barata, então eles querem que aumente a Cide. Está em R$ 0,10 no litro da gasolina e querem que passe para mais R$ 0,28. A minha política é de não aumentar imposto. Não vou aumentar imposto”, disse Bolsonaro.
Ajuda
Além do aumento da Cide sobre a gasolina, o setor pede que o governo reduza o PIS/Cofins do etanol e crie uma linha de crédito para estocagem do combustível por meio de warrantagem (uso do produto como garantia em empréstimo).
