Jornal Valor Econômico desta terça-feira diz que a empresa amazonense avança no processo de compra da estatal feita no ano passado
“A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (SG/Cade) está perto de aprovar a venda da refinaria da Petrobras em Manaus, a Isaac Sabbá (Reman), para o grupo Atem”. A informação foi publicada nesta terça-feira, 3, pelo jornal Valor Econômico.
A refinaria é considerada estratégica na região, inclusive por englobar um acesso a navios de importação de combustível.
Mas o grupo Atem, nascido no interior do interior do Amazonas, no lago do Janauacá, município de Careiro Castanho, enfrenta resistência de concorrentes. A resistência vem desde agosto do ano passando, quando comprou a refinaria por R$ 994,15 milhões.
“Algumas distribuidoras grandes estariam agindo para dificultar a venda da regional e evitar o crescimento de uma rival na região”, informa o Valor.
A área técnica do Cade admitiu as empresas Raízen, Fogás, Equador e Ipiranga, como terceiras interessadas da operação. Segundo o Valor, a concorrência aponta risco de que a Atem faça toda a distribuição da refinaria e que os demais distribuidores não tenham como comprar de outras refinarias e nem importar.
Mas, diz a notícia, Atem teria sinalizado no processo que a refinaria vai atender sua capacidade de venda.
Processo contestado
O processo de privatização da Reman, e de seus ativos logísticos, foi assunto de uma audiência pública , no dia 23 de março deste ano, a pedido do senador Plínio Valério (PSDB-AM), com o apoio de outros parlamentares como os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Jean Paul Prates (PT-RN).
Eles alegaram que o complexo industrial foi avaliado por um preço abaixo do valor de mercado e acreditam que a geração de emprego e renda no estado será prejudicada.
Para os debatedores, ao contrário do que diz a estatal, não haverá aumento da concorrência, mas um monopólio privado, e o preço dos derivados lá produzidos pode aumentar.
Na época, representantes da Atem foram convidados, mas alegaram que não poderiam se manifestar, por conta das ações judiciais envolvendo a negociação.