Os preços médios do etanol hidratado subiram em 24 Estados e no Distrito Federal nesta semana, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Só houve queda semanal em Goiás e Rondônia. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol subiu 2,71% na semana ante a anterior, de R$ 4,247 para R$ 4,362 o litro.
Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do hidratado ficou em R$ 4,176 o litro, alta de 2,35% ante a semana anterior.
O preço mínimo registrado nesta semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,199 litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 4,109, em Mato Grosso. O preço máximo, de R$ 6,494 o litro, foi verificado em um posto do Rio Grande do Sul. O maior preço médio estadual também foi o do Rio Grande do Sul, de R$ 5,623.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 16,07%. O Estado com maior alta no período foi Mato Grosso, onde o litro subiu 20,57% no mês. Na apuração semanal, a maior alta de preço foi observada também em Mato Grosso, com alta de 6,09%.
Competitividade
O etanol perdeu competitividade em relação à gasolina em todos os Estados do País e no Distrito Federal nesta semana conforme o levantamento da ANP. Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Na média dos postos pesquisados no País, o etanol não está competitivo, com paridade de 77,33% ante a gasolina.
A falta de competitividade se deve, em parte, à baixa oferta, já que a moagem da safra 2021/22 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil está atrasada e a expectativa é de produção menor do que na temporada anterior, além de um mix mais açucareiro, o que significa que uma parte maior da cana é destinada à produção de açúcar. Com isso, há menos disponibilidade para a produção de etanol.