Praticamente todas as usinas de São Paulo consultadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) já iniciaram a produção da safra 2020/2021. Conforme a colheita da cana-de-açúcar tem avançado nas lavouras, as unidades de processamento seguem produzindo quantidade maior de açúcar se comparada à temporada passada. Vale lembrar que o setor sucroenergético passa por uma grave crise. Isso porque a pandemia do coronavírus reduziu a demanda pelo etanol e também diminuiu os preços internacionais do petróleo, o que acabou deixando a gasolina mais competitiva.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), diante deste cenário de menor procura pelo etanol, indústrias deve elevar em 18,5% a produção de açúcar, atingindo 35,3 milhões de toneladas. Já a de etanol deve cair 13,9% em relação à safra passada, atingindo 29,3 bilhões de litros.
Preços
O Cepea afirma que nas últimas duas semanas, algumas indústrias retomaram a produção gradativamente. Pesquisas apontam que a liquidez foi estável e a média semanal dos preços caiu neste início de maio. Somente na sexta-feira, 8, que as cotações do açúcar cristal voltaram a subir, com o indicador Cepea/Esalq, cor icumsa de 130 a 180, mercado paulista, tendo alta de 1%.
Esse cenário pode ser reflexo da paridade do mercado externo que voltou a apresentar vantagem sobre o spot paulista. De 4 a 8 de maio, a média do indicador Cepea/Esalq foi de R$ 74,76 pela saca de 50 quilos, queda de 0,98% em relação à anterior, de R$ 75,50 a saca de 50 quilos, entre os dias 27 a 30 de abril.